As cinco da manha chegamos em Jaisalmer. O pessoal da guesthouse de Jodhpur havia reservado um quarto para nós. O novo albergue enviou um carro para nos buscar. Deixamos as malas no quarto e fomos dar uma volta pela cidade. Subimos no escuro mas ao alcançar as muralhas o dia começou a clarear. A medida que a luz batia nas paredes a cor amarela substituía o negro das sombras. Ao chegar no ponto mais alto nos sentamos para apreciar o nascer do sol. Quando já estava claro o suficiente vimos a paisagem desértica que rodeia a cidade. Por volta das nove começo a sentir dores e volto para o hotel. Às 15:00 Kevin volta para o albergue para me chamar para o almoço. No caminho paramos em uma agência chamada Trotters, especializada em safaris à Camelo. 750 rupias por dia. O valor incluía comida, água mineral, chá, guias, o trajecto de jipe e um camelo por pessoa. Na cidade existe uma centena de agências. Essa é uma das poucas recomendadas pelos guias turísticos(por exemplo o lonlely planet). Apesar de normalmente não seguir o que está escrito nos guias, decidimos abrir uma excessao. Havia escutado o relato de vários viajantes que tiveram péssimas experiências durante tais safaris(desde diarreia até furto). Consegui baixar preço a 650 rupias e então fechamos o trato. De lá fomos à um restaurante chamado Milan. Comida típica non-veg. Pedimos um "Chiken-Korma" acompanhado de arroz e pão. Foi a melhor refeição das últimas semanas. 140 rps por cabeça. A dor ainda persiste e volto ao albergue. Amanha as cinco sairemos em direçao as dunas, levando minha pedrinhas para uma volta à camelo.
Check-out. Saímos da espelunca e fomos à agência. Um jipe nos esperava. O grupo era de quatro pessoas, nós dois e um casal(um indiano e uma francesa). O trajecto de carro durou 1h 1/2. Chegamos em uma vila perdida no tempo. A uma distância de uns 200 metros avistei seis camelos. Fomos apresentados aos nossos guias. Dois indianos locais do deserto. Enquanto eles preparavam o café da manha dei uma volta pelo vilarejo acompanhado pelo motorista do jipe. Voltamos para comer. As nove montamos nos camelos e começamos o safari. No começo a altura do camelo impressiona e sinto as pernas um pouco incomodas. Passados alguns minutos me acostumei. Fiquei um pouco surpreso ao ver que a vegetação local era verde e abundante. Um dos guias me disse que há muitos anos não chovia mas que esse Mousson foi muito forte. Depois de algumas horas paramos para comer em baixo de uma árvore. Comida típica do Rajasthan. Tudo fresco e feito na hora. Depois do almoço o tempo fechou. Aqui estou, fazendo um safari no meio de um deserto verde e chovendo. Tudo parece um pouco surreal. Depois que a chuva parou retomamos o passeio. No final da tarde alcançamos umas dunas. Por fim areia. Desmontamos e os guias começaram a preparar o acampamento. Caminhamos até o ponto mais alto para apreciar o por do sol(nublado por sinal). Minhas pernas latejavam, se você não esta acostumado a andar à camelo eu sugiro que faça um test-drive antes de ir à um safari. Quando nos chamaram para jantar vimos chegar um visitante. Vestido todo de branco, montava um camelo mais alto que os nossos. Nos comprimentou com um gesto de cabeça. Logo nos perguntou: "Like beer?". Ainda sem acreditar no que acabara de ouvir lhe perguntei o preço. 150 rps(5 reais aprox). Recapitulando: Camel Safari, deserto verde, chovendo e agora temos um Camel Beer Delivery?¿?¿? Surreal. Compramos duas garrafas por cabeça e fomos comer. Antes de dormir olhei em volta e só via dunas e um céu estrelado de uma forma difícil de explicar. Essa sensação compensa as dores nas pernas...
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