a certeza era uma: a minha estadia na Ásia deveria se prolongar. Mochilao nas costa e a segurança de que na estrada estou em casa e que em movimento os meus pensamentos se organizam. O som da locomotiva é como um mantra e deslizar sobre o mar à bordo de um ferry rumo pa ko phangan é poesia. Todas as angustias se evaporaram por volta das 8 da manha quando boto o pé na ilha. On the road baby, vou reclamar de que?
escutando ny state of mind" na varanda do meu bangalo escrevo essas linhas... já fazem mais de 50 horas desde que cheguei, vi algumas praias e passei uma tarde na cachoeira, reenergizei to novo, zero, zen, bem, bem vindo ao equilibrio!

domingo, 23 de enero de 2011
miércoles, 19 de enero de 2011
thai thai thailand
Uma coisa que aprendi durante essa viagem é que nunca se pode cantar vitória antes da hora. Saí do Nepal com a sensação de que estava concluindo a fase tranquila da minha viagem. Já sentia o gosto das praias, festas e sol da Tailândia. Cheguei em Bangkok no dia 12/01/2011, saí do aeroporto para fumar um cigarro e tomei um banho de sol. Calor, por fim. Os primeiros dias em Bangkok foram ótimos. Não que tenha feito muita coisa mas conheci pessoas bem interessantes. O meu host, Nate, é um artista brasileiro que está em Bangkok ensinando inglês para pagar as contas e pinta nas horas livres. Com seus amigos thais sai pra tomar umas e jogar sinuca, saímos também para jogar bola e ver os malucos dando rolé de skate. Enfim, tive uma ideia do que é a vida na capital e para ser sincero gostei bastante. É uma cidade moderna, limpa e repleta de tailandeses(que até agora são para mim o povo mais simpático e desinteressado(financeiramente) que conheci). Tudo indo as mil maravilhas, meus planos se encaixavam como peças de um quebra-cabeça. E acabei quebrando a cabeça. Uma falha nos meus cálculos e como resultado tenho o saldo da minha conta em 20 euros no negativo. Ainda bem que sou apegado aos meus sonhos e não aos meus planos. Tentei culpar o banco, o sistema da previdência social, alguma gangue de piratas cybernéticos e até aliens mas no final das contas boto o rabo entre as pernas e admito que o erro foi meu. Errar é humano dizem por aí. O primeiro impulso que veio foi mandar o resto da viagem ao caral$%& e voltar pro inverno europeu em plena crise financeira e buscar trabalho. Logo pensei melhor e achei que deveria alugar um apartamento em Bangkok e buscar trabalho aqui. Quanto mais ideias tinha mais dúvidas vinham à minha cabeça. O processo de brainstorm ainda não terminou e para ser sincero não tenho nem ideia de aonde vou estar em um mês. A escola da vida me ensinou que em momentos de dúvida o melhor a ser feito é relaxar, esperar que a mente se acalme e depois agir. E é isso que vou fazer. Cancelei a passagem(já é a terceira passagem internacional que cancelo e já perdi as contas de quantas vezes mudei o roteiro) e comprei um bilhete de trem rumo ao sul do país aonde vou embarcar num barco em direçao à Ko Pha Ngan, supostamente ilha paradisíaca(+balada sinistra). Lá "planejo" relaxar ao máximo e repensar todas as possibilidades e aí decidir que fazer. Quem sabe arrumo um trampo num bar de praia, mando tudo pra merda e mudo pra Tailândia com mala e cuia(que por sinal já estão comigo). Who knows, everything is possible!
miércoles, 12 de enero de 2011
Mal cheguei e já estou indo embora...
Cheguei em Kathmandu no dia 30/12 e a temperatura beirava os 5 graus. Reencontrei Paul, que me buscou no aeroporto. Fomos à casa do Anders, também membro do couchsurfing e meu host na capital. Botamos o papo em dia e por volta das 21 eu já roncava. Na manha do dia 31 saí para conhecer a cidade. Inga, conterrânea e amiga de Paul, me acompanhou. A primeira impressão da cidade foi positiva. Ruelas repletas de lojas e pequenos restaurantes, pessoas de olhos puxados e cabelos escorridos caminhavam num ritmo acelerado. Voltamos para casa na hora do almoço. A empregada estava servindo a comida quando abri a porta da sala. Arroz, vegetais cozidos e ovo frito. Por volta das sete da noite começamos o esquenta para o ano novo. Abri a garrafa de jack que comprei no freeshop e Inga abriu o licor que trouxe da Latvia. Quando entramos no taxi em direçao à Tamel(bairro turístico e bohemio) já estávamos todos alegres e saltitantes. Fomos à um Irish Pub, aonde uns amigos do Anders tocavam. Rock n roll e Jack Daniels até as 23 30. Até hoje não sei o porque, mas meia hora antes das badaladas o grupo decidiu mudar de local. Resultado: passamos as próximas duas horas saltando de bar em bar. Cansado, bêbado e com frio, decido voltar ao apartamento. Feliz ano novo, zzzzz…
Road Trip
O plano era simples. Alugar duas motos e ir em direçao à estrada mais alta do Nepal. Não tínhamos previsto nenhuma parada turística, o objectivo era a estrada, o que no meu ponto de vista era um ótimo objectivo. Alugamos as motos no final da tarde do dia primeiro e nas primeiras horas do dia dois partimos rumo ao desconhecido. No primeiro dia, depois de poucas horas de estrada, nos deparamos com um bloqueio. Não sabíamos o porque mas o fato era que teríamos que esperar até as 17 para passar. Demos meia volta para fazer um caminho alternativo. Entramos em uma “estrada” secundária que na verdade foi um offroad de 50 km. Ao anoitecer paramos na primeira cidade que parecia ter hotéis. Entramos em uma espelunca e passamos a noite. No segundo dia rodamos uns 300 km e por volta das 19 chegamos à uma cidade perto da fronteira com a índia. Era um lugar de merda, que me fez lembrar a pior parte do país vizinho: sujeira, poluição e picaretas. Para completar o pacote “turístico”, todos os hotéis estavam lotados e quase dormimos na rua. Digo quase porque eram já as onze da noite quando conseguimos alugar um par de colchonetes para colocar no saguao de uma pousada de quinta categoria. Com o stress da noite anterior somado ao cansaço dos vários kms percorridos nos dois primeiros dias decidimos dormir mais uma noite no shithole para descansar. O nosso plano parecia cada vez mais inviável, estávamos perdendo tempo e tínhamos que voltar à capital antes do final da semana. Decidimos mudar o roteiro. Sair do sul e subir as montanhas foi a decisão final. Nos dirigimos à Ille, povoado situado à 2000 metros do nível do mar. O trajecto foi cansativo, mais de 350km e a moto do Paul quebrou um par de vezes. Parecia que algo nos impedia de seguir, mas mesmo assim seguimos. No final do dia alcançamos Dhankuta. Ao perguntar informação à um jovem a nossa sorte mudou. Ele foi a pessoa mais símpatica e prestativa que conheci nos últimos seis meses de viagem. Arrumou um hotel estilo bbb(bom bonito e barato) e convenceu ao dono de um restaurante que nos servisse uma refeição mesmo sabendo que a cozinha havia fechado há horas. A maioria dos viajantes que vem ao Nepal fica impressionado com a beleza natural e todos, sem exeçao, ficam boquiabertos com a hospitalidade dos locais. Depois dessa noite eu também fiquei alucinado com o carisma nepales. Acordamos por volta das sete e ao ver o sol subir por detrás das montanhas decidimos passar mais uma noite nesse local impregnado pela bondade do seus moradores. O hotel que nos hospedamos era de um Sr nepales que também fez jus a fama da população local. Na noite anterior ele nos recebeu de sorriso aberto e com uma garrafa de uma aguardente local. Não nos cobrou nada pela bebida e tira gostos. Só queria que nós nos sentíssemos em casa e conseguiu. Saímos para explorar a região e a cada povoado que passávamos a vista das montanhas e a simpatias das pessoas era melhor. No final do dia tínhamos a sensação que o universo conspirou para que terminássemos a nossa pequena aventura nesse lugar tão especial. Um par de litros de liquor pela noite e para cama. Partimos cedo. A volta foi marcada por paisagens inacreditáveis e um offroad duro. Off road no qual tive meu primeiro acidente. Uma pedra no meu caminho e chão. Calça rasgada, joelho dolorido mas nada grave. Levantei a moto, pressionei o botão e o motor gritou em alto e bom som. Seguimos viagem. Chegamos à capital por volta das 17:00. Banho quente, jantar e cama. Sensação de missão cumprida. 1 400 km s rodados em 7 dias. On the road, extreme edition…
Faltam dois dias para a minha partida do Nepal. Foram duas semanas estranhas, nas quais o frio me incomodou bastante e a estrada me cativou mais que nunca. Duas semanas de jogar conversa fora com novos amigos e de planejar o próximo passo. Assim que me despido do país com um gostinho de quero mais. Voltarei alguma primavera futura para visitar o país e não suas estradas... Anyway, Tailândia, ai vou eu!
Road Trip
O plano era simples. Alugar duas motos e ir em direçao à estrada mais alta do Nepal. Não tínhamos previsto nenhuma parada turística, o objectivo era a estrada, o que no meu ponto de vista era um ótimo objectivo. Alugamos as motos no final da tarde do dia primeiro e nas primeiras horas do dia dois partimos rumo ao desconhecido. No primeiro dia, depois de poucas horas de estrada, nos deparamos com um bloqueio. Não sabíamos o porque mas o fato era que teríamos que esperar até as 17 para passar. Demos meia volta para fazer um caminho alternativo. Entramos em uma “estrada” secundária que na verdade foi um offroad de 50 km. Ao anoitecer paramos na primeira cidade que parecia ter hotéis. Entramos em uma espelunca e passamos a noite. No segundo dia rodamos uns 300 km e por volta das 19 chegamos à uma cidade perto da fronteira com a índia. Era um lugar de merda, que me fez lembrar a pior parte do país vizinho: sujeira, poluição e picaretas. Para completar o pacote “turístico”, todos os hotéis estavam lotados e quase dormimos na rua. Digo quase porque eram já as onze da noite quando conseguimos alugar um par de colchonetes para colocar no saguao de uma pousada de quinta categoria. Com o stress da noite anterior somado ao cansaço dos vários kms percorridos nos dois primeiros dias decidimos dormir mais uma noite no shithole para descansar. O nosso plano parecia cada vez mais inviável, estávamos perdendo tempo e tínhamos que voltar à capital antes do final da semana. Decidimos mudar o roteiro. Sair do sul e subir as montanhas foi a decisão final. Nos dirigimos à Ille, povoado situado à 2000 metros do nível do mar. O trajecto foi cansativo, mais de 350km e a moto do Paul quebrou um par de vezes. Parecia que algo nos impedia de seguir, mas mesmo assim seguimos. No final do dia alcançamos Dhankuta. Ao perguntar informação à um jovem a nossa sorte mudou. Ele foi a pessoa mais símpatica e prestativa que conheci nos últimos seis meses de viagem. Arrumou um hotel estilo bbb(bom bonito e barato) e convenceu ao dono de um restaurante que nos servisse uma refeição mesmo sabendo que a cozinha havia fechado há horas. A maioria dos viajantes que vem ao Nepal fica impressionado com a beleza natural e todos, sem exeçao, ficam boquiabertos com a hospitalidade dos locais. Depois dessa noite eu também fiquei alucinado com o carisma nepales. Acordamos por volta das sete e ao ver o sol subir por detrás das montanhas decidimos passar mais uma noite nesse local impregnado pela bondade do seus moradores. O hotel que nos hospedamos era de um Sr nepales que também fez jus a fama da população local. Na noite anterior ele nos recebeu de sorriso aberto e com uma garrafa de uma aguardente local. Não nos cobrou nada pela bebida e tira gostos. Só queria que nós nos sentíssemos em casa e conseguiu. Saímos para explorar a região e a cada povoado que passávamos a vista das montanhas e a simpatias das pessoas era melhor. No final do dia tínhamos a sensação que o universo conspirou para que terminássemos a nossa pequena aventura nesse lugar tão especial. Um par de litros de liquor pela noite e para cama. Partimos cedo. A volta foi marcada por paisagens inacreditáveis e um offroad duro. Off road no qual tive meu primeiro acidente. Uma pedra no meu caminho e chão. Calça rasgada, joelho dolorido mas nada grave. Levantei a moto, pressionei o botão e o motor gritou em alto e bom som. Seguimos viagem. Chegamos à capital por volta das 17:00. Banho quente, jantar e cama. Sensação de missão cumprida. 1 400 km s rodados em 7 dias. On the road, extreme edition…
Faltam dois dias para a minha partida do Nepal. Foram duas semanas estranhas, nas quais o frio me incomodou bastante e a estrada me cativou mais que nunca. Duas semanas de jogar conversa fora com novos amigos e de planejar o próximo passo. Assim que me despido do país com um gostinho de quero mais. Voltarei alguma primavera futura para visitar o país e não suas estradas... Anyway, Tailândia, ai vou eu!
lunes, 10 de enero de 2011
todos somos superhomens(e supermulheres), a diferença é que só alguns usam os super poderes...
Fim de um ano e começo de um novo é uma época estranha. Digo estranha porque as pessoas se permitem sonhar. Saem da rotina escrava do dia à dia e entram numa dimensão paralela aonde tudo é possível. O ser humano é livre por alguns instantes enquanto usa sua imaginação para pintar um ano repleto de realizações e coisas positivas. As algemas da realidade e da rotina fútil do capital são abertas por um desejo global de algo melhor. Todos se querem bem, o mundo se enche de vibrações positivas e toda a negatividade existente fica aprisionada na pseudo-retrospectiva anual que mostram na telinha. Somos livres, livres para acreditar que nesse novo ano tudo é possível. Mas ano trás ano esse momento mágico não passa de um momento. Logo os seres humanos voltam à sua prisão social. Por causa de algum tipo de feitiço maligno as pessoas deixam de acreditar que o sonho possa ser realidade e simplesmente voltam à sua vidinha ordinária. Há algo de muito poderoso que rege o subconsciente colectivo e que castra o super homem. Algo que, depois da primeira quinzena de janeiro, faz com que as pessoas deixem de acreditar que tudo é possível. Mas comigo não, eu criei o meu escudo protector e com ele protejo meus sonhos do comodismo imposto pelo sistema. Sonho os sonhos mais mirabolantes e utilizo meus super poderes para transformar esses sonhos em realidades. Se vocês quiserem eu posso fabricar escudos para toda à humanidade, mas depende de vocês usar los ou não. Enquanto isso eu sigo vivendo os meus sonhos, e se você esta confortável em só sonhar isso é problema teu. Feliz 2011.
Suscribirse a:
Entradas (Atom)