
viernes, 25 de febrero de 2011
e assim começa a Odisséia...
Dia 25/02/2011, 9 da matina despertador toca. Acordo com uma dor de cabeça básica e noto no corpo o abatimento causado por inúmeras festas de despedidas. Afirmo que Koh Phangan foi a escolha certa para finalizar a minha viagem. Botei em prática muito ou quase tudo o que aprendi durante os últimos dez meses e aproveitei ao máximo os pequenos, médios e grandes prazeres da vida. Também sofri muito mas me surpreendi ao ver que a minha reação à dor e às decepções era tao positiva quanto a minha atitude perante situações positivas. A arte de viver bem é baseada na paciência e na observação. Alguns dias antes da minha partida, um amigo fez a minha carta astral(segundo tradições indianas) e para a minha "surpresa", ele afirmou que Rahu me acompanhará por toda a vida(rahu representa viagem, movimento, mudanças...). E com Rahu sentado de forma cômoda eu preparo as malas. Estou pronto. Pronto para voltar. Pronto para ir. Pronto para partir. O roteiro é um pouco complicado mas nada que a paciência "vipassanica" nao resolva. Saio da ilha em um catamaram a 13:00 as 17:00 entro em um ônibus que me levará à Bangkok. Dois dias na capital e logo embarco em direção à europa. O meu voo faz uma escala de 10 horas em Bombai antes de seguir para Frankfurt. Dormirei uma noite na Alemanha e só na manha do dia 2 de março embarcarei para Madrid. Tenho previsto uma semana na capital espanhola antes de seguir para Mallorca. Ou seja, já comecei a voltar mas só vou chegar depois de duas semanas. E quando finalmente chegue ao destino começo a trabalhar. TRABALHAR?¿? alguém pode me explicar o que isso significa, tenho um problema de memória seletiva e depois de 10 meses como bon vivant já nao me lembro o significado dessa estranha palavra...
miércoles, 16 de febrero de 2011
mudancas de planos, pra variar....
No final das contas fiquei. A ilha não me deixou partir. Ou eu não quis partir? Enfim, fiquei. Fiquei para curtir as amizades que fiz, fiquei para ver o nascer do sol depois de horas dançando a pes descalços, fiquei para ir a minha cachoeira preferida, fiquei porque aqui me sinto de ferias e também fiquei porque aqui estou muito feliz. Mas nem tudo são rosas. Tive dois acidentes com o scooter, quase quebro o pe, passei uma semana com 20 reais no bolso, discuti e cortei relações com pessoas que cheguei a pensar que eram amigos. Estou ha pouco mais de um mes em Ko Phangan mas para dizer a verdade parece que estou ha pelo menos tres. Os dias passam voando e daqui a uma semana embarco para a europa. A contagem regressiva continua e em ritmo de despedida vou aproveitando meus últimos dias na ilha fantástica. Tic tac Tic tac...
martes, 8 de febrero de 2011
libenti animo
Restaurante a beira mar. Agua de coco fresca e esperando o risotto de camarão que pedi. A vista é linda. Uma bahia que forma uma meia lua banhada por aguas azul turquesa em degrade. Resquícios de um pequeno pier que se integra a barreira de corais. Barcos pesqueiros multicoloridos espalhados meio que a esmo. O cantar dos passaros, o sussurro do vento e o barulho quase que inaudível do quebrar de minúsculas ondas formam a trilha sonora ideal para essa paisagem paradisíaca. Exceto por um grupo de russos sentados na mesa de ao lado e pelos funcionários do restaurante, estou so. Sozinho mas completo. Hoje pela manha fui ate Thong Sala para fazer uma tattoo nova. O tatuador é um tailandês chamado Tung, e é especialista em tatuagens feitas com bambu. Vai ser a minha primeira com essa técnica. Em meia hora o sticker estava pronto. Sentei em um banco e apoiei a testa na maca. Pouco a pouco a tatuagem foi tomando forma. Digo pouco a pouco porque a sessão durou uma hora e meia e se tivesse sido feita com maquina demoraria no máximo meia hora. A dor é diferente, mas não se deixe enganar pelo que dizem. Com maquina ou com bambu, tatuagem doi, e na minha opinião tem que doer mesmo. A dor é o verdadeiro preço que se paga ao tatuar-se. Espírito livre tatuado no pescoço. E espírito livre que sou, começo a me despedir da ilha. Em tres dias irei para o sul do pais e ali encerrarei essa minha viagem pela Ásia. 20 dias, tic tac...
viernes, 4 de febrero de 2011
noite de festa...
por volta das oito comecei os preparativos. Moto e 7 eleven. Encontrei um amigo italiano e fomos comprar os ingredientes para os cocktails. Tutto a posto e casa. Shake, shake, shake, drink, drink, drink. Hi hi, ha ha, drink, shake, drink. Moto e para a minha casa para tomar banho. Curva fechada, iluminação precária e dois cachorros dormindo no meio da rua. Freio, roda traseira desliza na areia, os animais nem se mexem. Freio com a roda da frente, perco o controle e chão. Chão. Me levanto, os cachorros já haviam desaparecido. Algumas dores no joelho e na mão mas nada grave. Ainda bem, porque estava sem camisa e sem capacete. Ups. Bato a chave, o scooter liga e sigo. Banho, álcool nas feridas, dor, grito, alivio. Deitado na cama recuperando energia escuto: knock knock. Greg e Mano estão na porta. Shake, shake, shake, drink, drink, drink. Hi hi, ha ha, rua. 7 eleven, cigarro, camisinha e chiclete(tipo kit de sobrevivência local). Moto e festa. Black Moon Party. Estrutura a beira mar, musica eletrônica, ceu estrelado e uma italiana perdida por encontrar. Dance, dance, dance. Encontro dois brasileiros, no conexion. Dance, dance, dance. Encontro a ragazza perdida. Drink, drink, kiss, kiss and more dance, dance. O sol sobe, a musica cessa. Mas nos somos imparáveis. Casa, drink, drink, kiss, kiss, hi hi, ha ha. Moto e after party. A musica esta melhor que na festa e as bebidas são mais baratas o que nos leva a: drink, drink, dance, dance... Meio dia, o cansaço bate, mas ainda não é hora de ir pra cama. Moto, cachoeira e bummm. Uma siesta na cachu e casa. A mina começa a preparar a mala porque deve partir em 4 horas. Kiss, kiss, bye, bye.
miércoles, 2 de febrero de 2011
escrevendo certo atravez de linhas tortas
No meio do caos tomei uma decisão que me trouxe tranquilidade. Duas semanas se passaram desde que descobri que tinha "falido". O mundo a minha volta desabou e o relógio que levo no braço me lembrava que naquele instante o tempo parou. Fiquei perdido no limbo de hipóteses, estava aprisionado no buraco negro da insegurança abandonado no labirinto da duvida. Em um piscar de olhos encontrei a luz. Decidi ignorar a falta de grana e seguir em busca do que talvez seja a minha ultima aventura dessa etapa asiática do jogo da minha vida. Essa foi a decisão mais acertada dos últimos tempos. Em Ko Phangan encontrei o equilíbrio. A ilha me entregou de bandeja tudo o que pedi e "otras cositas mas". Consegui uma casa no meio do mato, a qual divido com dois pintores(um italiano e um amigo do Zimbabué). Pagamos 10 reais por dia entre os três e temos wifi grátis, tres elefantes e um macaco adestrado no quintal de casa(os elefantes e o macaco fazem parte das "otras cositas mas"). A casa esta em uma posição estratégica na ilha, a 15 min do parque nacional e a 5 da praia. Curti uma semana de sol, aproveitando cada raio de sol enquanto explorava as matas e praias locais. Durante a outra semana a chuva caiu pesada e usei o tempo para botar a cabeça no lugar e experimentar com a fotografia. Como se não bastassem as belezas naturais, ko phangan também oferece varias festas, dentre elas a Full Moon Party, que 'e a maior festa na praia do mundo(10 000 pessoas dançando descalças na areia, escutando musica eletrônica e esvaziando baldes de vodka red bull). To vivão, bem de cabeça, corpo, alma e mente. To pronto para voltar para europa. "Let the count down beging: one month to go!"
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