sábado, 11 de diciembre de 2010

devaneios, queridos devaneios

Sentado em um bar de praia em Goa. Mesa composta por um iraquiano, uma portuguesa, um italiano, dois indianos e um brasileiro(eu). Manu, milanese, começou a falar que a revolução psicodélica estava morta e que muitas pessoas ainda acreditam na revolução da mente mas não faziam nada em pró da mesma. A conversa tomou vários rumos e terminamos conversando sobre os dj´s que comandariam os toca discos na festa de hoje. Quando fui ao meu quarto continuei pensando sobre a dita revolução da mente. É verdade que a sociedade actual é marcada por futilidades e um egocentrismo "autodefensista", mas também é verdade que hoje temos os meios para a conscientização global. Sinto curiosidade em estudar os movimentos migratórios das últimas décadas. Saber os motivos pelos quais as pessoas migram, como os imigrantes absorvem a nova cultura e como preservam a própria. Não tenho ideia de a quantas andam as estatísticas, mas tenho a sensação que as pessoas se movem com mais facilidade e em maior número que em qualquer outra época da história da humanidade. As próximas gerações serão cada vez mais misturadas, cada vez mais globais. Como esse fato afectará a ordem que rege o mundo actualmente? Além disso a internet possibilita a veloz troca de informações e facilita a comunicação, trazendo mudanças sócio-culturais antes inimagináveis. Será que a crescente miscigenação de culturas e as facilidades que o cyber espaço traz será a chispa necessária para a revolução da nova era. Será que estamos vivênciando a criação do cidadão global? Será possível que nossos filhos e netos tenham acesso a um passaporte global e vivam em um mundo sem fronteiras? No século XXI tudo é mais rápido e a essa velocidade, quem sabe, em cem anos o ser humano alcançará um estado de consciência pró-colectivo. Quem sabe se utilizando a tecnologia disponível realizaremos a tão aclamada revolução verde. Quem sabe se em um mundo assim, global e verde, o utópico passe a ser real. Um mundo aonde todos tenhamos as mesmas oportunidades, e o fato de nascer na África, Ásia, América, Europa ou Oceania não faça nenhuma diferença. Viva o mundo global, viva a miscigenação, viva as diferenças, VIVA!

4 comentarios:

  1. adoro esse tipo de assunto, cara. tive uma disciplina na graduação que acho que vc ia se amarrar. "antropologia da globalização". e conheço antropólogos que fazem pesquisa na área ou se interessam pelo assunto. :)

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  2. Mundo global é ter um filho em Goa, uma filha em Belo Horizonte e um filho no Rio de Janeiro.
    O cidadão global já é uma realidade. No momento atual muitos dos antigos preconceitos e conceitos estão sendo transmutados e uma nova onda de pensamentos começa a existir, possibilitando a evolução da espécie humana na terra. Logo virá a grande transformação.

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  3. Bê, tem um vídeo que fala um pouco disso que vc está tratando mas mais especificamente de como o jovem vem se transformando ao longo das décadas... é legal mas sempre vale olhar com os olhos críticos...
    Dá uma olhada se interessar... ;)
    http://www.youtube.com/watch?v=ZidBmzFFSyk - We all want to be young
    Beijinhos
    Manda

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  4. ei manda, valeu pelos comentários... eu já vi o vídeo e na verdade já tinha escrito um post sobre o mesmo, depois da uma lida se quiser http://diarioedevaneios.blogspot.com/2010/11/geracao-y-y-agora-que.html
    beijo, se cuida e feliz ano novo
    B

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